Tendência de preços dos imóveis à venda
O mercado imobiliário brasileiro teve um aumento de preços em 2022, registrando a maior alta em oito anos, de acordo com dados divulgados pela FipeZap. O aumento médio dos preços dos imóveis residenciais foi de 6,16% em doze meses, um pouco acima do índice da inflação oficial, que subiu 5,79%.
Os valores mais elevados foram observados nas cidades de Vitória e Balneário Camboriú, com altas de 23,23% e 21,73%, respectivamente. A única exceção foi registrada em Canoas, no Rio Grande do Sul, onde o índice apontou uma queda de 1,02% nos valores dos imóveis na capital.
Em 2023, espera-se que os preços dos imóveis residenciais evoluam de forma mais moderada, após a boa valorização registrada em 2022, segundo especialistas e empresários do mercado imobiliário.
Especialistas acreditam que os preços devem subir em ritmo semelhante ao da inflação, e não se espera um mercado muito pujante.
A alta dos juros, que se reflete no financiamento imobiliário, e a inflação em geral são alguns dos fatores que contribuirão para uma moderação nos preços dos imóveis.
Apesar do desempenho de 2022, o mercado não conseguiu repassar aos preços de forma tão abrupta o aumento do custo dos insumos nos últimos trimestres, o que sugere que as margens estão apertadas.
Além disso, há entre os investidores o peso das incertezas sobre os rumos do País com a troca de governo, o que torna o momento de precaução.
Diante desses fatores, a tendência é que os preços dos imóveis residenciais tenham um crescimento mais moderado em 2023, com uma escalada menor de preços e uma perspectiva de estabilidade, em linha com a inflação.
O consumidor terá que escolher imóveis menores ou em áreas mais distantes, considerando a alta dos juros e a inflação em geral.