Taxa de juros, inflação e crédito imobiliário em 2023
Em 2023, as taxas de juros para financiamento imobiliário estão em um nível muito elevado em comparação aos últimos três anos. Isso se deve ao fato de que a taxa básica de juros (Selic) subiu para 13,75% ao ano. Isso elevou as taxas de financiamento para cerca de 9,5% ao ano.
Os valores atuais são muito superiores aos valores vistos em 2020. Na época, a Selic estava em 2% ao ano e as taxas de financiamento eram em média de 7% ao ano.
O aumento nas taxas de juros pode tornar o custo de financiamento da casa própria muito elevado. Especialmente em combinação com o recente aumento dos preços dos imóveis.
Em 2022, os preços dos imóveis subiram cerca de 6,12%, a maior alta desde 2014. Nos últimos dois anos, os imóveis subiram em média cerca de 12%.
Estima-se que, a cada 2,5 pontos percentuais que a Selic aumenta, o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento imobiliário aumenta em cerca de 1 ponto percentual.
Apesar do alto custo, uma pesquisa da FipeZap no último trimestre de 2022 indicou que a intenção de compra de imóveis nos próximos três meses era de 44% dos entrevistados. A principal motivação ainda é moradia (90%), apesar de 75% das pessoas entrevistadas perceberem que os preços estão altos.
Embora haja a possibilidade de uma queda nas taxas de juros no segundo semestre de 2023, ainda é incerto se os bancos acompanharão essa queda e diminuirão as taxas de financiamento.
Além disso, o cenário econômico atual é incerto, o que pode desestimular a compra de imóveis. É importante ressaltar que o valor dos imóveis depende muito da inflação da construção civil, que é um dos fatores que contribuem para o aumento do custo da compra da casa própria.